Saudade
A minha alma é o caminho de peregrinação
Para o santuário do teu corpo.
Sobre a tua pele,
qual areia sedenta,
Como um deserto de penitência,
Derramo as lágrimas
Que não choro,
Aquelas que mais sinto,
Mas que em segredo as manifesto,
No inexpugnável panteão
Do silêncio.
Depois… depois
deixo-me estar
Como que extasiado
Ouvindo o sussurrar
De um vento que tudo presenciou.
Ele guarda as minhas lágrimas,
“lágrimas leva-as o vento”
dizem os sábios do povo
e bem verdade o é!
Leva-as, mas cedo as traz de volta,
como se no caminho percebesse
que esse peso não é o seu.
O teu corpo é a imensidão
deste mundo que conheço,
Habitas em cada coisa que toco,
Cada palavra que oiço.
Vives no pulular cansado do meu coração
É esta a tua ubiquidade,
É este o teu pecado,
É este o meu mal.
Para o santuário do teu corpo.
Sobre a tua pele,
qual areia sedenta,
Como um deserto de penitência,
Derramo as lágrimas
Que não choro,
Aquelas que mais sinto,
Mas que em segredo as manifesto,
No inexpugnável panteão
Do silêncio.
Depois… depois
deixo-me estar
Como que extasiado
Ouvindo o sussurrar
De um vento que tudo presenciou.
Ele guarda as minhas lágrimas,
“lágrimas leva-as o vento”
dizem os sábios do povo
e bem verdade o é!
Leva-as, mas cedo as traz de volta,
como se no caminho percebesse
que esse peso não é o seu.
O teu corpo é a imensidão
deste mundo que conheço,
Habitas em cada coisa que toco,
Cada palavra que oiço.
Vives no pulular cansado do meu coração
É esta a tua ubiquidade,
É este o teu pecado,
É este o meu mal.
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