Mãos
olho-te,
e ao percorre-te,
insisto...
em ver as cores pálidas,
do abandono,
Tremes-me,
não consigo deter-te... t
ento...desisto.
O sossego!
O mesmo silêncio
que me faz adormecer
no porto perdido da saudade.
As pálpebras pesam-me,
Cada vez mais...
vou cerrando-as...
Abandonando-as
Ao capricho das correntes.
Deixo de ouvir!
Novamente o silêncio,
Sinto toda a sua corpulência
No meu peito.
Na paciência
- Quase revoltada-
do meu esperar.
Fecho os olhos...
já só escuto!
E não te minto
Quando digo:
“Não oiço...só sinto...
Não sinto”
...tic tac...
Consumiu-se o tempo!!
Évora 2001
1 Comments:
Sónia, nem mais! sim... é isso! sobretudo este poema é reflecte um estado de abandono e uma desistência.
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