quinta-feira, agosto 05, 2004

Mãos


olho-te,

e ao percorre-te,
insisto...
em ver as cores pálidas,
do abandono,

Tremes-me,
não consigo deter-te... t
ento...desisto.

O sossego!
O mesmo silêncio
que me faz adormecer
no porto perdido da saudade.

As pálpebras pesam-me,
Cada vez mais...
vou cerrando-as...
Abandonando-as
Ao capricho das correntes.
Deixo de ouvir!
Novamente o silêncio,
Sinto toda a sua corpulência
No meu peito.
Na paciência
- Quase revoltada-
do meu esperar.

Fecho os olhos...
já só escuto!
E não te minto
Quando digo:
“Não oiço...só sinto...
Não sinto”
...tic tac...
Consumiu-se o tempo!!


Évora 2001

1 Comments:

Blogger João said...

Sónia, nem mais! sim... é isso! sobretudo este poema é reflecte um estado de abandono e uma desistência.

6:03 da tarde  

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