sexta-feira, agosto 13, 2004

Eventualidades

Se esta caneta não dissesse,
aquilo que o coração obriga?
Se esta caneta não tivesse,
mais cardos do que ortiga?

Se ao mentir tornasses verdade
aquilo que digo.
Quantas vezes pecava, na metade
do que te juro e a que me obrigo!

Se tantas vezes "se"
e se não existisse?
Marcavamos o tempo com outras juras,
mais regulares, menos puras!