sexta-feira, agosto 13, 2004

O Vento que Cala

Corre a voz,
e o vento sente?
Que a voz que mente
é o vento atroz.

Soava ao vento,
pelo qual a voz corria,
corria a voz que o sofrimento,
sofre-o quem o sofria.

Já nada soa,
num ausente matiz.
E a voz que corre à toa
já nada diz.

Mas era tão bom,
quando o vento sussurrava
as palavras que a caneta segredava!

Adeus Vento!
Guardar-te-ei até ao retorno,
num esquecido abandono.

1999