sexta-feira, agosto 13, 2004

Promessa

Jura, uma e outra vez
como se não tivesses ouvido.
Repete uma, duas, três
vezes, como se surdo tivesses sido.

Aguarda a noite e os seus conselhos,
arde em paixão e desejo,
morre no corpo ardente que ansejo,
o toque dos lábios alheios.

Sonha comigo quando puderes,
se não puder ser, sonha novamente.
Não chores quando perderes,
levo bússula e um astrolábio latente.

Quando a noite chegar a ti,
e te der a suas oferendas.
Por favor, não te ofendas...

Aguarda pela madrugada,
que pela calada
a noite despedaçar-se-á em agonizante Adeus!