quinta-feira, agosto 05, 2004

Moinho de Vento

No cimo da Aldeia
um moinho havia,
três lobos em alcateia,
uivavam ao vento que assim se ouvia.

Era vento de saudade,
de sangue e gemido,
de dedicada castidade
e silêncio contido.

No zenite,
na rua escura empedrada
uma dor que não remite,
em pedra fria de calçada.

Um, dois, três...
são desta vez
o número de vozes que soarão!

Três lobos, dois corvos, um vento
que rasga o silêncio da madrugada,
esperada hora, hora chegada!