Postumo
Duas datas!
Duas datas me deixaste
para que te possa chorar
na pedra fria.
Na tua filantropia,
comum aos egóistas,
quiseste partir primeiro,
para não me chorares.
E assim...
assim me fiquei,
sem lágrimas que verter
sem bússula,
nem remédio
para este anoitecer
da vida!
E agora?
Que me esperase te anseio
que me chorase te recordo?
Em má horate fostes e fiquei.
Que pecado!
Que crueldade!
E a espera?
Como engano o tempo?
esse especialista da matemática,
génio das fracções,
fanático da pontualidade?
Somado tudo,
um instante fica
que uma eternidade demora.
Ai... Ai Meu Deus,
e agora?
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