terça-feira, setembro 14, 2004

Poeta por um dia

Um dia serei escritor,
saberei as artes da escrita,
o governo da dor,
da palavra que em desdita,
entrega-se ao papel.

Nesse dia o branco da folha,
deixará de o ser.
Nunca mais se conhecerá o silêncio.
E de tanto escrever,
à força do uso e da prática,
do aprisionamento das ninfas,
na dramática
imposição das palavras,
polir-se-á o talento.

Um dia...
e só nesse dia que anseio,
a palavra ubicar-se-á em mim.
No meio
de um jardim,
no florescimento de um sentir,
nas germinações do querer.

Ergue-se o verso,
seguido de um outro.
Uma rima tímida.
Uma lágrima escrita,
secá-la-ei num ponto final.
Um dia...
Não me demores.

3 Comments:

Blogger João said...

Minha amiguita Angela, nem sei que dizer... isso é que é um comment! Deixo sempre uma pequena esperança no ar e espero que tudo passe e após a tempestade venha a anseada bonança. Tenho a ajuda dos melhores, especialistas no carinho e amizade. Vocês (o que me leêm) são a gasolina da minha poesia.
Bem haja a vossa presença!!!

2:37 da tarde  
Blogger João said...

Querida amiguita Sofia, fico muito feliz por gostares das modestas rimas que despejo para a folha branca. Por vezes julgo um sacrilégio ou uma profanação andentrar-me no branco imaculado da folha com palavras que nem sem bem se têm autoridade para tal. Se as minhas palavras fazem sentido e te apaixanam à poesia, então é porque começo a ter uma pequena migalha da arte do poeta.
Obrigado.

2:40 da tarde  
Blogger João said...

Bem-vinda amiga Sónia.
Espero que comentes muito.
obrigado por me visitares.

6:39 da tarde  

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