quarta-feira, outubro 13, 2004

Saudade

Já não és hora,
nem minuto,
nem instante,
fugaz ou diminuto.
És caminhar de peregrino,
sobre pedra de calçada,
És alma perdida,
e pena achada.

És canto,
grito mudo,
és espanto,
és nada e tudo.
És, nos mil trabalhos de ser.
Já sei! És ausência!
És centenas de tardes e dias
com as suas noites também,
e que mal tem,
se não sei dar-te um nome?
És... com tremenda certeza,
o peso que levamos no peito.
És a destreza,
assaz treinada pelo jeito.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

saudade!! que sentimento tão presente, que descrição tão profunda, que sentir tão lúcido! como é bonita a forma como expões sentimentos tão complexos...

12:59 da manhã  

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