Lágrimas
Choro,
sem que uma lágrima verta.
Sofro desse mal de ser eu.
Sou um eco na falésia,
que rasga o peito das ondas,
que inunda a vastidão
do nada que é a noite.
Sou silêncio nesse mesmo eco,
uma ausência que é,
um quase nada,
um muito pouco.
Choro,
e a lágrima teimosa resiste.
A íris humedecesse,
turvam-se as ideias,
rosáceas faces,
trémulo queixo.
Choro,
na verdade da lágrima,
no seu silencioso caminho.
Conhece-lhe o destino,
a peregrinação à alma.
Apanhada no regresso cansado,
já extenuada,
onde se deixa postrar,
na face rosácea,
no seu escolhido leito.
Choro,
que é uma lágrima
cada palavra que escrevo.
Secá-la? Nunca!
Isso seria rasgar este poema,
E privar-te da grotesca intriga
que o meu sofrimento em ti produz.
Ó caro leitor!
choro porque me queres ler,
choro em cada lágrima escrita,
e pedes para ti próprio,
no silêncio da tua leitura,
que continue...
bebes sofregamente de cada lágrima,
Por isso choro....
sem que uma lágrima verta.
Sofro desse mal de ser eu.
Sou um eco na falésia,
que rasga o peito das ondas,
que inunda a vastidão
do nada que é a noite.
Sou silêncio nesse mesmo eco,
uma ausência que é,
um quase nada,
um muito pouco.
Choro,
e a lágrima teimosa resiste.
A íris humedecesse,
turvam-se as ideias,
rosáceas faces,
trémulo queixo.
Choro,
na verdade da lágrima,
no seu silencioso caminho.
Conhece-lhe o destino,
a peregrinação à alma.
Apanhada no regresso cansado,
já extenuada,
onde se deixa postrar,
na face rosácea,
no seu escolhido leito.
Choro,
que é uma lágrima
cada palavra que escrevo.
Secá-la? Nunca!
Isso seria rasgar este poema,
E privar-te da grotesca intriga
que o meu sofrimento em ti produz.
Ó caro leitor!
choro porque me queres ler,
choro em cada lágrima escrita,
e pedes para ti próprio,
no silêncio da tua leitura,
que continue...
bebes sofregamente de cada lágrima,
Por isso choro....
2 Comments:
Cara Sónia, como refiro na nota de abertura deste blog, este é o sítio onde exorcizo estas bigromancias do meu ser. Este é o meu lado mais obscuro.
Sentimento há e muito, invisto em cada verso muito de mim, compenso a falta de talento com uma sinceridade que dificilmente poderia superar.
Se este era um período difícil? Sim... ainda subsiste, infelizmente!
Jinhos.
Ups... no anterior comment tenho um erro, não é bigromancias mas nigromancias. Erro ao teclar.
Desculpa.
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