quarta-feira, maio 11, 2005

Aos resistentes


Vou-te contar,
por onde andei nestes tempos,
em que calei o que em mim quis gritar.
Segredar-te-ei ao ouvido um sussurro
que irás por na boca do mundo.
Vim nas asas de uma ave,
que batiam ao vento com vigor,
tinha a pressa própria,
dos que em atraso prolongado vão.

Sacudindo as asas,
já sou gente!
Já sou de novo, essa gente que grita!
Que a escrita,
assim falada no papel,
tem outra resistência ao tempo.

Andava esquecido,
mas já não estou,
e por isso convido-te,
caro leitor, a que me oiças
neste silêncio escrito,
neste sussurro em prosa.

Peço-te desculpa,
mil desculpas e outras tantas mais.
Fiz-te esperar,
e contas feitas,
a tantas razões, que as quais,
somadas todas elas,
subtraídas na verdade,
não são razões tais
para este silêncio.

Por isso resisto.
Porque resististe!
Assim te escrevo,
e assim sentes a verdade
que inunda cada sílaba
do meu mais sincero "Obrigado"!

(Dedico-vos a vós "resistentes", que não desistiram de me visitar! Desculpem a demora.)

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Aleluia! Tão esperado retorno!
Abraços
(obrigado pelo comment!)

8:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

gostei...abraço carlos p f

http://podiamsermais.weblog.com.pt/

5:59 da manhã  
Blogger éme said...

:)
mais grave a minha demora...

"o poeta é um fingidor
finge tão completamente
que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente"

o sensacionismo permite que a obra seja aberta.
existem 3 momentos:
-o sentimento do poeta.
-o sentimento passado para o papel(escrito/lido)-a ponte escritor/leitor
-o sentimento do leitor

aqui experiencio o 3º, e é bom, sabes?

3:07 da tarde  

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