Aos resistentes
Vou-te contar,
por onde andei nestes tempos,
em que calei o que em mim quis gritar.
Segredar-te-ei ao ouvido um sussurro
que irás por na boca do mundo.
Vim nas asas de uma ave,
que batiam ao vento com vigor,
tinha a pressa própria,
dos que em atraso prolongado vão.
Sacudindo as asas,
já sou gente!
Já sou de novo, essa gente que grita!
Que a escrita,
assim falada no papel,
tem outra resistência ao tempo.
Andava esquecido,
mas já não estou,
e por isso convido-te,
caro leitor, a que me oiças
neste silêncio escrito,
neste sussurro em prosa.
Peço-te desculpa,
mil desculpas e outras tantas mais.
Fiz-te esperar,
e contas feitas,
a tantas razões, que as quais,
somadas todas elas,
subtraídas na verdade,
não são razões tais
para este silêncio.
Por isso resisto.
Porque resististe!
Assim te escrevo,
e assim sentes a verdade
que inunda cada sílaba
do meu mais sincero "Obrigado"!
(Dedico-vos a vós "resistentes", que não desistiram de me visitar! Desculpem a demora.)
3 Comments:
Aleluia! Tão esperado retorno!
Abraços
(obrigado pelo comment!)
gostei...abraço carlos p f
http://podiamsermais.weblog.com.pt/
:)
mais grave a minha demora...
"o poeta é um fingidor
finge tão completamente
que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente"
o sensacionismo permite que a obra seja aberta.
existem 3 momentos:
-o sentimento do poeta.
-o sentimento passado para o papel(escrito/lido)-a ponte escritor/leitor
-o sentimento do leitor
aqui experiencio o 3º, e é bom, sabes?
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