Albatroz
Entre onda e onda,
volta e volta.
Entre regressos e idas
desta revolta
os ecos voam de peito aberto ao vento,
nas asas estendidas de um albatroz.
Leva no voo um lamento,
que de nós
partiu num murmúrio
e fez-se ao vento,
nele cresceu e fez-se augúrio.
Não remite.
Não vacila nem quebra.
É de nós um porto,
uma âncora,
uma amarra.
É a garra
e o gemido.
Nas asas de um albatroz depenado.
2 Comments:
O albatroz da resistência, da revolta e da luta constante. Leva nas asas as penas (lamentos) que sairam timidamente como murmúrios e cresceram , tornando-se grito.
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