quarta-feira, novembro 09, 2005

Adeus...



Adeus.
O adeus de todas as despdidas
te aceno com saudosa melancolia.
A ti, autor de tantas quadras repetidas
e de tantas rimas, que na folia
da poesia, vieste descansar em mim.

Adeus.
Leva-me este corpo despido
que visto tantas vezes emprestado.
Devolve-me o tempo perdido
e assim, juntado-lhe o achado
consumirei os dias que de mim fui.

Adeus.
Caminhante das linhas que escrevi,
saltimbanco das rimas, velejador da poesia.
Descansa hoje, trotamundo do que senti
nos caminhos das quadras que escrevendo esquecia.

Adeus.
encimando farsante das manhãs tardias.
Guardião teimoso da alvorada.
Na lágrima advinhada que no meu rosto corre,
orvalho das manhãs de saudade,
esperei-te naquele banco,
onde a esperança morre
e tu não aparecias.

1 Comments:

Blogger éme said...

adeus. uma palavra linda.

4:16 da tarde  

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