Fado
Uma guitarra lacrimeja
um poesia
que a garganta sustêm
em agudas notas de dor.
A composição embriaga-se,
no tactear de cada corda,
É este o verso que ofereço
à memória.
A música que em sentimento
germina,
acordes e desacordos,
entre pactos e traição.
Maiores, menores e aumentadas penas.
Tons desta espera.
Uma gota sustenida,
escorre entre os dedos,
cai no pesado silêncio,
com a autoridade do verso,
que embarcou na Nau do som.
Uma nota,
depois outra
e outra ainda,
chora a guitarra,
em comoção.
Sangra o coração
em perfilada dor,
em pautada destemperança.
Uma voz rasga o silêncio.
Os olhos que cantam,
e os que ouvem também,
cerram-se...
Sedentos do paladar das notas
do perfume dos acordes.
Fecham-se os horizontes,
reduzidem-se a esta sala,
que respira saudade.
Já só aqui estamos,
em nenhures de nós,
na plenitude do que somos,
num abraço ao que fomos.
Uma lágrima soltou-se,
vaguei-a pelos rostos desta sala,
sem bússula nem astrolábio,
morrerá extasiada
na praia do nosso aplauso.
Erguem-se as mãos,
não tarda um clamor inundará a sala:
"Tchiu!"
Cantou-se o Fado!
um poesia
que a garganta sustêm
em agudas notas de dor.
A composição embriaga-se,
no tactear de cada corda,
É este o verso que ofereço
à memória.
A música que em sentimento
germina,
acordes e desacordos,
entre pactos e traição.
Maiores, menores e aumentadas penas.
Tons desta espera.
Uma gota sustenida,
escorre entre os dedos,
cai no pesado silêncio,
com a autoridade do verso,
que embarcou na Nau do som.
Uma nota,
depois outra
e outra ainda,
chora a guitarra,
em comoção.
Sangra o coração
em perfilada dor,
em pautada destemperança.
Uma voz rasga o silêncio.
Os olhos que cantam,
e os que ouvem também,
cerram-se...
Sedentos do paladar das notas
do perfume dos acordes.
Fecham-se os horizontes,
reduzidem-se a esta sala,
que respira saudade.
Já só aqui estamos,
em nenhures de nós,
na plenitude do que somos,
num abraço ao que fomos.
Uma lágrima soltou-se,
vaguei-a pelos rostos desta sala,
sem bússula nem astrolábio,
morrerá extasiada
na praia do nosso aplauso.
Erguem-se as mãos,
não tarda um clamor inundará a sala:
"Tchiu!"
Cantou-se o Fado!
1 Comments:
Querida Sofia, claro que tenho paixão pela música! Sim o fado é a música por excelência! Desperta um estado ébrio de sensibilidade. O fado não é pão mas alimenta, não é vinho mas embriaga, não é droga mas mergulha-nos num estado de letargia e dependência.
Fico sensibilizado por te indentificares com o poema, e que te desperte emoções... é essa a intenção.
Obrigado pelo comment e continua a visitar-me.
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