quinta-feira, novembro 04, 2004

Há.de ser escrita a vontade

Amanhã hei-de escrever um poema
das coisas que no amanhã acontecem.
Na noite calada,
num parto silencioso,
sai a semente,
do ventre
que fora fecundo cravo,
da esperança.
Na noite calada,
na fresca madrugada,
transbordou a vontade,
que não há peito
onde tal força caiba.
um sorriso pintasse
num rosto,
como um verso numa folha branca.
É esperança,
com a honestidade dos muitos,
assim far-se-á o poema,
na manhã
dos dias prometidos,
na irmã
esperança que tarda.
Amanhã escreverei um poema.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro João, gostei muito de poder explorar o teu interior, a parte mais obscura de ti. Normalmente, associamos a palavra "obscuro" a algo mau, mas neste caso, é tão claro e puro...
beijo

5:11 da tarde  

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