sexta-feira, novembro 25, 2005

Memória


In Memoriam - João Martins Pereira



Olhava para ti,
ao teu corpo quebrado,
aos seres de ti que se silenciam.
E agora? Mal habituado,
trajado a preceito,
abrigado pelo sobretudo da rotina,
que faço aos dias?
Sobram-me as manhãs, tardes e noites.
E todo o tempo do mundo
é um murro no estômago!

Olhava para ti,
ao teu corpo macido de pedra.
Que faço a isto que me rasga o peito?
A esta dor imensa que, ao jeito
de punhal afiado, crava-se-me na alma.
Como se isso fosse possível?
Que faço ao beijo que transporto nos lábios?

Para Ouvir.

9 Comments:

Blogger Pedro Nobre said...

João gostei do teu escrito, apesar de transmitir saudades de alguém que te é muito querido. Tenho fé, que rápidamente terás essa pessoa por perto.

Pedro Nobre ;)

1:31 da manhã  
Blogger Pedro Nobre said...

Caros amigos,

Apareçam NA ESCURIDÃO DA NOITE, e deixem as vossas mensagens de SOLIDARIEDADE.

Todos juntos em prol do mesmo rumo...

Pedro Nobre ;)

1:39 da tarde  
Blogger Lady said...

Obrigada pela visita e elogio!!!!Por aqui passei... e dos que mais me encantou foi "A praia dos perdidos"... Gostei de conhecer este teu cantinho... Beijinhos e inté! de "Moon Night"...[http://capriocornioemim.blogs.sapo.pt/]

11:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A memória é sempre algo fascinante que nos oucorre quando gostamos de relenbrar coisas boas e más do passado...

Gostei do teu cantinho João...

Um abraço e bom fim de semana ;)

12:49 da tarde  
Blogger Que Bem Cheira A Maresia said...

Olá João;

Obrigada pela tua visita e pelas tuas palavras.

Gostei muito de te ter encontrado e este poema encheu-me a alma.

Beijo da Lina/Mar Revolto

4:08 da tarde  
Blogger Tilangtang said...

"que faço ao beijo que transporto nos lábios?"
Solta-o no tempo
Há-de encontrar a outra parte
onde quer que ela se encontre...

8:06 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Por vezes a nossa "memória" guarda sentimentos que, adversos, nos provocam momentos em que questionamos o passado, o presente e o futuro...tendo noção de que somos só nós mesmos, na solidão das nossas vidas, que os vivemos em cada dia. Às questões que a vida nos coloca e para as quais nem sempre temos resposta, devemos procurá-la! acima de tudo, não pela memória, não pela saudade, mas pela certeza de no último suspiro que dermos no leito da despedida, termos a certeza de que "fomos em busca" das nossas respostas! e VIVEMOS!!

8:06 da tarde  
Blogger éme said...

qual é o nome da rosa, joão?

6:51 da tarde  
Blogger O Grupo said...

Não sei se deveria estar aqui, ao fim e ao cabo, e como entrar na alma de uma pessoa e ver o que ela leva dentro, seria mentirso, se disse-se que me surprende pelo que encontrei, no entanto encontrei o que mais verdadeiro há, reflexos, reflexos, que por muita gente que comente e criticas duras que dirijam, jamais saberao entender...
é facil pintar este mundo em tons de rosa e azul, o dificil e ter coragem de escrever o que vai na alma o que as brumas do tempo arrastam de um tempo a outro ate ao final do tempo...
(Para quem nao queria intrometer-me já me estou a esticar. nao?) porem queria dizer, que seja o que seja que venha a acontecer, a sua maneira de escrever e de reflectir o mundo e verdadeira, e que alem das brumas vez a lua...
Todos vivemos debaixo do mesmo ceu, porem so alguns vemos as estrelas...
Parabens pelo poemas, pelo modo de ser...
PS: alguem me disse que devia dar oportunidade as pessoas de me conhecerem e de eu as conhecer...
obrigado pelo concelho, pois graças a ele nao tenho um professor tenho um amigo...

10:37 da tarde  

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