Se tu soubesses que uma morte havia,
que matando-me, eu morria.
Se eu soubesse que tu sabias,
que desta mrte tu não morrias.
Num gerúndio de morte,
que vai matando... matando...
Nesta solidão que esquecida calo,
no esquecimento do silêncio só.
É de uma solidão silenciada que te falo,
neste estar esquecido e dar dó.
Num gerúndio de morte,
que vai matando... matando...
Num corpo inerte que pende,
na inércia dos corpos pesados.
Na corpulência inerte que não entende
o inteligente pesar dos corpos relacionados.
Num gerúndio de morte,
que vai matando... matando...
Uma verdade grita em poesia
na poética extensão de um grito.
Que grite a mentira que a verdade consentia
na geografia vérsica do que permito.
Num gerúndio de morte,
que vai matando... matando...
Chega o hóspede ansiado
na esperada hora tardia.
Na tarde chegada, o esperado
hóspede, na hospedaria.
Num gerúndio de morte,~
que vai matando... matando...
Um adeus ansiado grita,
que é chegada a hora que tudo permite.
Que à hora chegada a morte permita
expandir um Adeus que assim grite...
Num gerúndio de morte.
Que me matou!